Encerra-se a parceria com a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC).
O Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês permanece sob a gestão da Associação Amparo Maternal, a nova Diretoria estatutária é composta pelos “Missionário da Redenção”
Centro de Acolhida para Gestantes
O convênio entre a Associação Amparo Maternal e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) consolida o Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês como referência no País em serviço de alta complexidade para gestantes em situação de vulnerabilidade social.
ACSC Assume a Gestão da Maternidade
Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) assume a gestão da Maternidade, permanecendo com o apoio administrativo ao Alojamento Social. Na nova configuração, a Maternidade passa a ser conhecida como Hospital Amparo Maternal enquanto o Alojamento Social estabelece convênio com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS SP, passando a se chamar Centro de Acolhida Amparo Maternal – Pavilhão Irmã Leoni, sendo tipificado como Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês.
Apoio da Congregação de Santa Catarina
Associação Amparo Maternal passa a contar com o apoio administrativo da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC), tanto para os serviços prestados na Maternidade quanto no Alojamento Social.
Parceria com a Escola Paulista de Medicina
Início da parceria com a Escola Paulista de Medicina (EPM), solidificando a Instituição como modelo na área da saúde materno-infantil. No final dos anos 90, encerra-se a inestimável parceria, a quem a Associação Amparo Maternal será sempre grata.
Novo Prédio
Início da construção de um novo prédio para distinguir a Maternidade do Alojamento Social que, até hoje, abriga o Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês, com acesso pela Rua Napoleão de Barros.
Irmãs Vicentinas de Gyesegem assumem a Gestão
Congregação das Irmãs Vicentinas de Gysegem assume a responsabilidade pela gestão do Amparo Maternal, sob a liderança da Irmã Anita Gomes, permanecendo por quase 40 anos na Instituição e contribuindo para o crescimento e permanente estruturação das atividades voltadas à assistência social e Maternidade.
Inauguração
Amparo Maternal é inaugurado pelo então governador Dr. Adhemar de Barros. Inicialmente, a estrutura foi planejada para ser um Alojamento Social, onde as mães poderiam morar e cuidar de seus filhos, porém, com as gestantes desprivilegiadas sendo recusadas pelos hospitais de São Paulo, foi necessário estruturar a área hospitalar.
Início das Obras
Amparo Maternal consegue votos da Câmara Municipal para o início das obras das instalações na Rua Loefgren. Até então, a Instituição peregrinava pela Vila Clementino (SP) em várias casas alugadas situadas em diversos endereços que serviam de alojamento, mantendo-se assim por mais de 20 anos.
Fundação
Conhecer a história da Associação Amparo Maternal, ou simplesmente “Amparo Maternal” como a Instituição é tradicionalmente conhecida, é uma agradável lição de humanidade, superação, competência e, fundamentalmente, de bons princípios. Na década de 1930, um período no qual a gravidez indesejada ou não planejada era mal vista pela sociedade, era comum a exclusão de mães solteiras, de mulheres pobres, mestiças e negras, e o abandono de gestantes dentro desses perfis por suas famílias.
E foi da concepção de que nenhuma parturiente na cidade de São Paulo deveria ficar sem um local adequado para dar à luz que um grupo de pessoas lideradas pela Madre franciscana Marie Domineuc, pelo médico obstetra Dr. Álvaro Guimarães Filho e pelo então Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar D’Affonseca e Silva, fundaram a Associação Amparo Maternal, em 20 de agosto de 1939
Com um serviço de atendimento a gestantes em situação de vulnerabilidade social e o lema de “Nunca Recusar Ninguém”, a entidade chegou a ser pejorativamente chamada de Casa da Mãe Solteira. A cidade de São Paulo tinha, então, cerca de um milhão de habitantes, sua economia, baseada na cafeicultura, estava em declínio, e a vinda, em curto prazo, de pessoas do interior e de outros estados agravava a falta de infraestrutura urbana fazendo com que um número cada vez maior de gestantes vivesse pelas ruas da cidade. Sensibilizados por essas cenas, a Madre, o Arcebispo e o Doutor começaram seu trabalho alugando casas onde as gestantes ficavam até terem o bebê e conseguirem recursos para sua sobrevivência.
São Paulo crescia, e o Amparo Maternal também crescia em importância para um número cada vez maior de grávidas carentes. Iniciou-se, então, um trabalho junto à prefeitura com o intuito de se providenciar uma construção para albergar todo tipo de gestante: as sem-teto, as doentes, as migrantes e qualquer outra mulher sem condições financeiras. Em consequência das intolerâncias de uma população de conceitos tradicionais e duros, veículos de comunicação traduziram negativamente o trabalho social iniciado pela Instituição, exigindo o fim de seu funcionamento.
Entretanto, superadas as primeiras dificuldades, a organização conseguiu, em 1945, votos da Câmara Municipal para o início das obras das instalações do Amparo Maternal na Rua Loefgren, na Vila Clementino. Foi do próprio prefeito Dr. Prestes Maia o projeto da construção do prédio na diagonal, com a face voltada para o nascer do sol – uma orientação da engenharia para que a enorme varanda frontal se tornasse um local onde as mães pudessem caminhar com seus recém-nascidos e receber vitaminas provenientes dos raios solares.
Durante a construção, nas décadas de 1950 e 1960, outras barreiras foram enfrentadas pelos administradores da entidade como a falta de recursos, atrasos nas obras, o ainda intenso preconceito da população e um custoso incêndio, em 1963, já em uma fase bem adiantada da construção. Finalmente, em 1964, depois de dezenove longos anos, o prédio que até hoje abriga a Maternidade ficou pronto, sendo inaugurado pelo governador Dr. Adhemar de Barros.
Desde 2021 firmamos parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e regulado pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Recebemos mulheres dos mais diversos perfis: gestantes que sofreram violência física, sexual e psicológica, em situação de rua, usuárias de substâncias psicoativas (SPAs) e imigrantes. Todas recebem gratuitamente abrigo provisório, estendendo-se ao período pós-parto e aos recém-nascidos por até seis meses, a depender do caso, a permanência da acolhida é prolongada. Garantimos um cardápio constituído por seis refeições diárias elaborado por nutricionista, vestuário para mãe, enxoval para o bebê, produtos de higiene e cama. A acolhida também recebe amparo individualizado das assistentes sociais, psicólogas, orientadoras socioeducativas, pedagogas e agentes operacionais para restaurar e preservar sua integridade física e metal.
Acolher gestantes, mães e seus bebês, de forma integral e humanizada, oferecendo residência e atendimento especializado, para a sua reinserção social.
Ser reconhecido no apoio à formação de cidadãos éticos e íntegros para a sociedade.
Comprometimento: Cumprir com dedicação tudo o que se propõe a fazer.
Espiritualidade: Reforçar a relação com a espiritualidade e com pessoas entre si, respeitando as diferentes crenças.
Ética: Agir de forma altruísta e íntegra, pensando no bem-estar das pessoas ao seu redor e agindo sempre com honestidade.
Integração: Promover a inserção e adaptação entre as pessoas de um grupo, tornando-se parte de uma totalidade, melhorando a comunicação e convivendo pacificamente com as diferenças.
Respeito: Agir com educação e companheirismo, ter um convívio amistoso, cordial e solidário.
Transparência: Estruturar os processos organizacionais e as informações para que sejam acessíveis, entendíveis, usáveis e auditáveis.
Em 1974, com o objetivo de apoiar as atividades desenvolvidas pela Instituição, a Congregação das Irmãs Vicentinas de Gysegem assume a responsabilidade pela gestão da Associação Amparo Maternal, sob a liderança da Irmã Anita Gomes, permanecendo por quase 40 anos na Instituição e contribuindo para o crescimento e permanente estruturação das atividades voltadas à assistência social e Maternidade. O ano de 1978 marca o início da construção de um novo prédio, no mesmo terreno, para distinguir a Maternidade do Alojamento Social. A obra foi concluída em 1983 e o prédio abriga, até hoje, o Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês com acesso pela Rua Napoleão de Barros, 1035.
Na década de 1980, contando sempre com o apoio de outras instituições, do Governo e da comunidade local que começava a desenvolver um olhar solidário para as questões sociais, várias inovações são implantadas, tanto na Maternidade quanto no Alojamento Social. Entre elas, concluem-se as obras de um Centro Cirúrgico; inaugura-se a Área Social; introduz-se a padaria para consumo interno; instala-se o Departamento de Farmacologia e, consolida-se, em 1985, o apoio de voluntárias que, além de se mobilizarem em prol do Bazar do Amparo Maternal, auxiliavam também as mães e os recém-nascidos na Maternidade e no Alojamento Social.
Ainda em 1985, as Irmãs Vicentinas de Gysegem se mobilizaram para apoiar as mães que passavam pela Instituição e criaram a Pastoral da Moradia, proporcionando moradia às famílias carentes, que na década de 90 passou a ser chamada de Sociedade Pró-Moradia São Vicente de Paulo.
A década também foi marcada por grandes mudanças políticas no Brasil e avanços na área da saúde com a Constituição Federal Brasileira de 1988 que instituiu o Sistema Único de Saúde – SUS, do qual a Maternidade do Amparo Maternal passa a fazer parte. Já na década de 1990, durante a parceria com a Escola Paulista de Medicina (EPM), a Instituição se solidifica ainda mais como modelo na saúde ao criar a Unidade Ginecológica, Ambulatório, Cozinha, Unidades de Enfermagem, Escritórios e Recepção, além de receber a doação uma ambulância e três leitos de Unidade de Terapia Intensiva Infantil (UTI NEONATAL). No final dos anos 90, encerra-se a longa e inestimável parceria com a EPM, a quem a entidade sempre será grata.
Ao ganhar mais notoriedade de órgãos públicos, nos anos 2000, a Maternidade do Amparo Maternal passa a realizar o teste instantâneo de HIV em todas as parturientes atendidas, inclui nas suas dependências uma filial do 21º Cartório de Saúde para facilitar o registro de bebês nascidos dentro da Instituição, cria uma sala para vacinação e propaga, então, a importância do aleitamento materno nos primeiros 180 dias de vida.
Em 2007, a Associação Amparo Maternal passa a contar com o apoio administrativo da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC). Em 2008, é firmado um Termo de Colaboração entre as duas instituições e a ACSC assume a gestão da Maternidade, permanecendo com o apoio administrativo ao Alojamento Social.
Nesta nova configuração, a Maternidade passa a ser conhecida como Hospital Amparo Maternal enquanto o Alojamento Social estabelece convênio com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS SP, passando a se chamar Centro de Acolhida Amparo Maternal – Pavilhão Irmã Leoni, sendo tipificado como Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês.
O ano de 2021 marca o início de uma nova fase para a Associação Amparo Maternal. Encerra-se, a parceria com a ACSC. É, então, celebrado o Termo de Colaboração entre a Maternidade Amparo Maternal, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) que, em 01 de fevereiro de 2021, passa a realizar a gestão da Maternidade a partir de um novo modelo, de forma independente do Centro de Acolhida.
O Centro de Acolhida para Gestantes, Mães e Bebês permanece sob a gestão da Associação Amparo Maternal, que, em 15 de setembro de 2021, nova Diretoria estatutária é composta pelos “Missionário da Redenção” Paula Lorenna Pirolo e Emerson José Pirolo, e na coordenação de voluntariado Silvana Gavião. O serviço no Centro de acolhida segue ofertado em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).
Contar a história do Amparo Maternal é falar de pessoas e instituições que, até os dias de hoje, defendem e apoiam com determinação a causa das gestantes, mães e seus filhos em situação de vulnerabilidade social. O legado, iniciado em 1939 por Madre Marie Domineuc, pelo médico obstetra Álvaro Guimarães Filho e o arcebispo de São Paulo da época, Dom José Gaspar D’Affonseca e Silva, se perpetua a cada nova mulher recebida no Centro de Acolhida, a cada nova política estabelecida em favor de gestantes, mães e filhos desamparados, a cada novo doador e parceiro que, de forma genuína, abraça sua causa e generosamente contribui com a manutenção dessa Casa, cujo nome traduz com perfeição a sua vocação: Amparo Maternal.
O Centro de Acolhida
Desde 1939, o Amparo Maternal cumpre a missão de acolher gestantes, mães e seus bebês, de forma integral e humanizada, oferecendo residência e atendimento especializado, para a sua reinserção social.
selecao@amparomaternal.org